Doenças raras: Você sabe quais são?

Dia Mundial das Doenças Raras – Saiba mais sobre o assunto

Criada em 2018 pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis), o Dia Mundial das Doenças Raras é um momento de conscientização realizado em 28 de fevereiro de todo ano. Essa data tem o objetivo de pressionar e sensibilizar governantes, profissionais de saúde e a população sobre essas doenças e os cuidados necessários para quem convive com elas. 

Além dessa atuação, esse dia consegue levar conhecimento, buscar apoio aos pacientes e incentivar as pesquisas para melhorar o tratamento dessas doenças. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse assunto? Veja a seguir: 

O que torna uma doença rara?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para uma doença ser considerada rara, é necessário que essas enfermidades afetem menos de 65 pessoas entre 100 mil indivíduos. Suas características, como sinais e sintomas, possuem uma ampla diversidade, que podem variar não só de doença para doença, mas também de organismo. 

De acordo com alguns dados, estima-se que existam entre seis e oito mil doenças raras espalhadas pelo mundo, mas qual a sua origem? 85% delas são decorrentes de fatores genéticos, já o resto da porcentagem, são geradas por causas ambientais, infecciosas ou imunológicas. 

As classificações e seus tratamentos: 

As doenças raras podem ser destrinchadas em algumas classificações, como: degenerativas, crônicas, progressivas e incapacitantes. Dentro desse nicho, uma grande parte ainda não possui cura, podendo levar até a morte! Porém, todo esse cenário pode ser mudado através do diagnóstico e tratamento precoce, aliviando sintomas e melhorando a qualidade de vida. Com isso, é necessário que as pessoas enfrentem um inimigo maior, a desinformação. 

Todo esse tratamento pode passar por acompanhamentos clínico, fisioterápico, fonoaudiológico, e psicoterápico. 

Doenças raras no Brasil 

No Brasil, a data foi oficializada por meio da Lei nº 13.693, de 10 de julho de 2018, representando mais um avanço no apoio aos pacientes.  Por aqui, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos é responsável pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, pasta em que está localizada a Coordenação-Geral das Pessoas com Doenças Raras. 

É por esta coordenação que o governo federal identifica e propõe políticas públicas para o cuidado com a saúde física e mental de pacientes com este tipo de condição.

Aqui, no Brasil,duas medidas importantes foram tomadas:

Em 2014, por meio da Portaria nº 199/2.014, o Ministério da Saúde implementou a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras e incluiu as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no SUS;

Em 2019, foi publicada a Lei 13.930/19, que garante a reserva de pelo menos 30% dos recursos do Programa de Fomento à Pesquisa da Saúde para o estudo de medicamentos, vacinas e terapias direcionadas a doenças raras.

Panorama geral sobre as doenças raras 

  •   Há cerca de 7 mil doenças raras descritas, sendo 80% de origem genética e 20% de causas infecciosas, virais ou degenerativas;
  • 13 milhões de brasileiros vivem com essas enfermidades;
  • Para 95% não há tratamento, restando somente os cuidados paliativos e serviços de reabilitação;
  • Estimam-se 5 casos para cada 10 mil pessoas;
  •  Para chegar ao diagnóstico, um paciente chega a consultar até 10 médicos diferentes;
  • A maioria é diagnosticada tardiamente, por volta dos 5 anos de idade;
  • 3% tem tratamento cirúrgico ou medicamentos regulares que atenuam sintomas;
  • 75% ocorrem em crianças e jovens;
  •  2% tem tratamento com medicamentos órfãos (medicamentos que, por razões econômicas, precisam de incentivo para serem desenvolvidos), capazes de interferir na progressão da doença.

Conheça algumas das doenças classificadas como raras: 

– Acromegalia;

– Anemia aplástica, mielodisplasia e neutropenias constitucionais;

– Angioedema;

– Aplasia pura adquirida crônica da série vermelha;

– Artrite reativa;

– Biotinidase;

– Deficiência de hormônio do crescimento – hipopituitarismo;

– Dermatomiosite e polimiosite;

– Diabetes insípido;

– Distonias e espasmo hemifacial;

– Doença de Crohn;

– Doença falciforme;

– Doença de Gaucher;

– Doença de Huntington;

A importância do Dia Mundial das Doenças Raras: 

Liderada mundialmente pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis), a data busca levar mais informação à população e reforçar a igualdade para pessoas com doenças raras. 

No dia em que se celebra o Dia Mundial das Doenças Raras, todos nós temos uma missão, que é identificar a complexidade dessa luta junto a entidades, órgãos governamentais e pacientes.

Compartilhe essa matéria com alguém que ainda desconhece sobre essa data e vamos ajudar a divulgar essa temática tão importante para tantas pessoas. 

Viva os raros!