Mitos e Verdades sobre o câncer de mama

Descubra o que é real e o que é inventado sobre a doença

O câncer de mama é o tipo de câncer que mais atinge mulheres no Brasil, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma. Por esse motivo, o governo, instituições da sociedade civil e também a mídia, se empenham constantemente para disseminar a informação sobre o assunto. 

E quando se trata de câncer de mama, muitas informações surgem a respeito, mas nem todas são verdadeiras. Para desmistificar alguns conceitos a respeito do tema separamos aqui uma lista de mitos e verdades sobre o assunto, confira: 

Na minha família ninguém tem câncer de mama. Então, eu não corro risco de desenvolver a doença. MENTIRA! 

Nenhuma pessoa está imune ao câncer de mama. O câncer de mama é resultado de mutação genética, que pode ser herdada ou pode ocorrer de forma espontânea.

Uma mutação espontânea pode ocorrer em uma célula do corpo ao longo da vida e ocasionar a doença, no entanto não se sabe com precisão se essas mutações ocorrem devido ao estilo de vida, alterações químicas no corpo da mulher ou à exposição a toxinas no ambiente, por exemplo. Apenas 10% dos casos de câncer de mama são hereditários.

Pessoas obesas são mais suscetíveis a desenvolverem a doença. VERDADE!

A obesidade é um fator de risco para vários tipos de câncer, não apenas o de mama. Além disso, pessoas obesas na pós-menopausa que já passaram pelo câncer de mama têm maior risco de recidiva (reaparecimento da doença). 

Portanto, o excesso de peso é um importante fator de risco, porque o tecido adiposo (formado por gordura) aumenta os níveis de estrogênio no organismo. Esse tecido produz ainda diversas substâncias, toxinas e fatores inflamatórios capazes de induzir a proliferação celular e, em última instância, os tumores.

O câncer de mama sempre aparece como um caroço. MENTIRA! 

O aparecimento de um caroço ou nódulo é uma das formas como o câncer de mama se apresenta. Mas na verdade existem outros sintomas que podem indicar câncer de mama como: inversão ou descamação do mamilo, presença de secreção pelo mamilo, inchaço e vermelhidão da mama, irritação, retração da pele ou aparecimento de rugosidade.

A forma mais comum é a microcalcificação. A mamografia pode identificar uma microcalcificação quando ela tem a partir de 1 milímetro. Exames de toque identificam a calcificação apenas quando esta já tem mais de 1,5 centímetro.

Amamentar ajuda a proteger a mulher contra o câncer de mama. VERDADE!

Cada ano de amamentação completa diminui de 3 a 4% o risco da mulher desenvolver o câncer de mama. Mulheres que amamentam por mais de seis meses têm menos chances de desenvolver a doença devido à substituição de tecido glandular por gordura nas mamas.

Inclusive nós temos um blogpost inteirinho sobre esse assunto. Quer saber mais? Clique aqui! 

Próteses de silicone podem causar câncer de mama. MENTIRA!

Não há relação entre câncer de mama e próteses de silicone. O que acontece é que os implantes podem, no entanto, prejudicar o diagnóstico precoce, ao dificultar a visualização do tecido mamário através de exames de imagem, como a mamografia e a ultrassonografia. 

No entanto, não há consenso científico quanto às limitações dos exames de imagem em pacientes que possuem próteses de silicone nas mamas. 

Recomenda-se que a pessoa consulte um mastologista antes da aplicação para verificar se não existem nódulos e que pacientes com alto risco para o desenvolvimento do câncer de mama evitem a colocação das próteses.

A terapia de reposição hormonal pode ser um fator de risco para o câncer de mama. VERDADE!

A terapia hormonal costuma ser usada em mulheres na pós-menopausa. E quando o uso de estrogênio e progesterona ocorre por tempo prolongado, ele compromete as alterações que as glândulas mamárias sofrem com o avanço da idade, o que aumenta o risco de câncer de mama.

Homens não correm o risco de ter câncer de mama. MENTIRA!

Os homens também podem desenvolver a doença, mas isto é raro e, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer),representa apenas 1% do total de casos da doença no Brasil.

Fumar aumenta os riscos de se desenvolver câncer de mama. VERDADE! 

O tabagismo é um fator de risco para o surgimento de vários tipos de câncer. No caso do câncer de mama não é diferente. O fumo ainda piora os resultados do tratamento caso a paciente mantenha o hábito após o diagnóstico.

Esses foram alguns dos principais Mitos e Verdades a respeito do câncer de mama. 

Não acredite em fontes duvidosas e consulte sempre o seu médico. 

Não esqueça: É tempo de se tocar! Realize seus exames preventivos.